22 março 2011

PLAY TIME - VIDA MODERNA, de Jacques Tati

Esta quinta-feira, segue o ciclo Ecos do Galinheiro, com o filme de Jacques Tati, Play Time. Às 21h30, no Cine-Teatro Avenida, com bilhetes a 3 euro.

PLAYTIME é toda uma história.
Primeiro quisemos filmar em cenários reais, mas apercebemo-nos – ao fim da primeira semana de rodagem – que era complicado parar o trânsito em Orly, ou interromper a actividade de um centro comercial ou um supermercado.
Precisámos então de fazer o cenário que não existia. Inventei-o. Demorou muito tempo a construir e foi muito caro. Devia ter esperado cinco ou seis anos e ter-me instalando em La Défense, onde, de facto, construíram o cenário de PLAYTIME! Ao fim e ao cabo, PLAYTIME era um filme de técnicos. E quando se gera uma história à volta do orçamento do filme, eu respondo que os cenários podem ser enormes, mas mesmo assim não era Ben Hur!, não custava mais do que a Sofia Loren... Não havia vedeta no filme, ou melhor, era o cenário a vedeta, pelo menos, no início do filme.
Escolhi edifícios bonitos, com fachadas modernas, mas de qualidade, porque o meu trabalho não é fazer crítica de arquitectura moderna. Era possível deslocar cada edifício, o que era prático. Quis que ficasse para os jovens cineastas, mas foi arrasado. Não ficou nada.

SINOPSE
Na era das ‘Economic Air Lines’, turistas americanas efectuam uma viagem organizada. O programa é composto pela visita de uma capital por dia. Quando chegam a Paris, apercebem-se que o aeroporto é exactamente igual àquele de onde partiram de Roma, que as ruas são como as de Hamburgo e que os candeeiros de rua se parecem estranhamente aos de Nova Iorque. Apesar de o cenário ser sempre igual, elas evoluem num cenário internacional – que existe realmente, eu não o inventei. Pouco a pouco encontram franceses. Cria-se um pequeno calor humano, que lhes permite estar 24 horas com parisienses, entre os quais, o Sr. Hulot.